Selma Migliori, Presidente da ABESE
Confira abaixo depoimento da Presidente da ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), sobre o panorama do mercado e as expectativas para a 19ª edição da EXPOSEC | International Security Fair, que será realizada de 10 a 12 de maio de 2016, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo.
1- Como está o mercado de segurança eletrônica no Brasil?
Mesmo com os impactos da crise econômica e política pela qual o país passa atualmente, o mercado de segurança eletrônica continua registrando índices de crescimento. Isso ocorre devido a uma junção de diversos fatores. De um lado, o empenho de seus empresários no sentido de investir na busca de alternativas para enfrentar os desafios da crise, buscando tornar suas empresas cada vez mais competitivas, por meio de investimentos em desenvolvimento de novas tecnologias, qualidade de produtos e serviços, capacitação e capacidade produtiva. E, de outro, as oportunidades geradas pela redução dos investimentos em segurança dos governos federal, estaduais e municipais que acabam estimulando os investimentos privados, a facilitação ao acesso a novas tecnologias nesta área, a necessidade das pessoas e empresas continuarem investindo em segurança preventiva e na atualização dos sistemas que já mantêm e ainda a redução das importações, ocasionada pela elevação da taxa de câmbio.
2- Quais são os principais desafios deste mercado?
Entre os principais desafios do mercado de segurança eletrônica estão a regulamentação da atividade e oaumento do conhecimento do consumidor final sobre sua importância em relação à segurança das pessoas, seu patrimônio e ao desenvolvimento tecnológico e socioeconômico do país.
3- E as principais tendências?
A tendência desse mercado é que cada vez mais seus produtos e serviços façam parte do dia a dia dos consumidores – empresas e pessoas – como ferramentas que auxiliam os órgãos públicos a garantir a segurança dos cidadãos. E, dessa forma, continue crescendo, até pelo potencial de mercado que o país apresenta. Estima-se, por exemplo, que somente 15% das residências brasileiras utilizam sistemas eletrônicos de segurança, enquanto que na Europa essa situação é inversamente proporcional. Lá são 85%. Esses dados dão uma ideia do potencial do mercado de segurança eletrônica brasileiro. Também, a integração do segmento de segurança eletrônica com o de automação e a internet das coisas para o segmento. Tudo integrado, facilitando o controle e aumentando o nível de segurança do usuário.
4- Em sua opinião, como a Exposec contribui para o desenvolvimento do setor?
A Exposec contribui de maneira significativa. É um evento que já se consagrou como vitrine do que há de mais novo em tecnologia de segurança eletrônica e fomentador de novos negócios, reúne os maisimportantes players do segmento e público extremamente qualificado. Além disso, a cada ano, aumenta a visibilidade do segmento, suas empresas, produtos e serviços, por meio da divulgação feita pelos principais veículos de comunicação do país. O evento contribui para aumentar a representatividade do segmento de segurança eletrônica em relação a sua importância socioeconômica para o país.
5- Quais serão as novidades que os visitantes poderão conferir, entre lançamentos, novas tecnologias e serviços?
A Exposec, por meio dos mais de 800 expositores, nacionais e internacionais, trará, como sempre tem ocorrido, o que existe de mais novo em produtos e serviços de segurança eletrônica, tanto para o mercado empresarial como para o doméstico. Entre essas novidades, podemos destacar as câmeras Full HD, os diferentes tipos de biometria e softwares inteligentes, além de toda a tecnologia de segurança eletrônica que pode ser aplicada à conectividade, seja nas empresas, em nossas casas ou em nossos meios de locomoção particulares e públicos.
6- E as expectativas para a Exposec 2016?
Tenho certeza que esta edição da Exposec terá resultados positivos em dimensão, número de expositores e itens de exposição, qualidade de serviços, produtos, informações sobre o mercado e inovações tecnológicas, qualificação de público e geração de um ambiente de criação de oportunidades de negócios. Para a ABESE também será uma grande oportunidade de mostrar os resultados do trabalho que vem desenvolvendo ao longo dos seus 20 anos de atuação buscando a profissionalização, a capacitação e a regulamentação da atividade, ações que têm sido fundamentais para a consolidação e fortalecimento desse mercado. Assim como chamar a atenção dos empresários que ainda não são associados à ABESE a se associarem para que, juntos e organizados, possamos aumentar ainda mais a nossa representatividade perante órgãos públicos e entidades da iniciativa privada na defesa dos interesses do nosso segmento.
7 – Perspectivas para o setor.
Nosso segmento tem boas perspectivas. Tem um histórico de desenvolvimento importante e continuará se desenvolvendo, apesar da crise. E esse desenvolvimento não se limita apenas ao crescimento de faturamento. Mas também se materializa por meio de novas tecnologias, profissionalização, melhoria de qualidade dos produtos e serviços, produtividade, entre outros aspectos. Nesse contexto, eu gostaria de destacar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas câmaras técnicas setoriais da ABESE que, durante a Exposec deste ano, apresentarão ao mercado o processo para a certificação profissional de consultores especializados e a análise e a validação das empresas de segurança eletrônica. Sob o aspecto institucional, vale salientar o trabalho desenvolvido durante os 20 anos de atuação da nossa entidade que resultou na constituição de 19 sindicatos em todo o país e da FENABESE (Federação Interestadual das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), ratificada em 2015. É importante mencionar também o trabalho da ABESE junto ao poder legislativo que incluiu na pauta de votação da Câmara dos Deputados a regulamentação da atividade de segurança eletrônica e seu posicionamento adequado no texto do Projeto de Lei 4.238/12, que institui o Estatuto da Segurança Privada.
8 – Números do setor.
O segmento de sistemas eletrônicos de segurança registrou, em 2015, crescimento no faturamento de 6% em comparação a 2014, atingindo R$ 5,4 bilhões. Vale ressaltar, nesse contexto, que a indústria nacional de sistemas de alarmes obteve um crescimento de 15% em seu faturamento no mesmo período. Isso ocorreu devido à valorização cambial que reduziu as importações e estimulou o crescimento dessa área, que, em especial, aproveitou essa oportunidade para investir, ocupar o espaço aberto pela redução de importações e crescer.
Fonte: Segurança Brasileira – 14/04/2016
Clique aqui para ler a notícia direto da fonte.